quinta-feira, 4 de outubro de 2012

GM - Hatchs e Sedãs 2013/2014



Após a crise de 2008, a General Motors começou a reduzir seu número de marcas e modelos, optando por plataformas globais. A alemã Opel rendia ao Brasil adaptações dos veículos europeus Corsa, Astra, Vectra (3ª geração do Astra europeu), Meriva e Zafira. Agora os carros que rodam por aqui e pelo mundo são desenvolvidos pela GM americana, pela GM da Coréia do Sul (ex Daewoo) e pela própria filial brasileira.
         Essa revolução será concluída até 2014 no Brasil e terá um compacto e quatro duplas de hatchs e sedãs. O pequeno carro, apelidado de sub-Ônix, virá da parceria com o Grupo PSA (Peugeot-Citroën) e substituirá o Celta. O motor será um três cilindros com cerca de 75 cv, semelhante aos que equiparão seus principais concorrentes: o VW up!, já comercializado na Europa, e o futuro compacto da Fiat, que substituirá o Mille.

Projeções do Ônix Hatch do site AutosSegredos
Traseira lembra muito o principal concorrente: VW Gol
O projeto Ônix dará origem aos substitutos de Prisma e Corsa (hatch e sedã), mantendo a fabricação em Gravataí/RS e equipados com os já conhecidos motores VHCE 1.0 e Econo.Flex 1.4, mas com melhorias que gerarão mais potência e menos comsumo. 

Projeções do Ônix Sedã do site AutosSegredos

Ele fará sua primeira aparição oficial no Salão do Automóvel de São Paulo ainda esse mês e as imagens divulgadas pela própria GM e as projeções de diversas revistas e sites mostram um design muito inspirado no seu principal alvo, o VW Gol. Os preços serão praticamente os mesmos da linha atual, de R$25 mil a R$35 mil.

Fotos vazadas mostram as 4 versões do Ônix Hatch: LS 1.0...
...intermediária LT com motor 1.0...
ou 1.4...
... e top de linha LTZ 1.4.

         Desenvolvida no Brasil, a segunda dupla já está no mercado. O hatch é o Ágile, que já sofreu uma redução de 10% no seu preço em fevereiro, e o sedã é o Cobalt, lançado no final de 2011 e que também terá novos valores de venda. A faixa de mercado que a dupla ocupa é de R$35 mil a R$50 mil.

Protótipo do Ágile com linhas mais proporcionais que a versão final.
O sedã ganhou o câmbio automático do Cruze, mas não o motor 1.8 Ecotec de 144 cv (E), ficando com o defasado motor 1.8 de 108 cv (E) chamado de Econo.Flex. Esse motor também é oferecido com câmbio manual.

Cobalt 1.8 automático com novos fáróis...
...lanternas e rodas.
Como sua plataforma antiga (derivada do Corsa de 1994) não comporta o câmbio automático do Cruze, o Ágile deve ganhar em breve um opção automatizada. O motorização continua por conta do 1.4 Econo.Flex que já equipa o hatch e as versões de entrada do Cobalt. 

Câmbio Automático do Cobalt.
Com plataforma moderna, a mesma de Sonic, Spin e Ônix, e um nicho de mercado crescente (sedãs derivados de hatchs pequenos, mas com boa oferta de espaço), o Cobalt tem vida garantida nos próximos anos. Já o futuro do Ágile é incerto, por conta da chegada do Ônix e da possível nacionalização do Sonic.

Sonic, que em alguns mercado tem o nome de Aveo

Para a vaga do Astra a GM trouxe da Coréia do Sul o Sonic, nas versões hacth e sedã, que não repetiu o sucesso do seu antecessor, vendendo metade do que o veterano modelo vendia. A culpa pode ser o preço, que deve diminuir com a transferência da importação para o México, que já fabrica o carro para o mercado norte-americano. Atualmente a cota de importação México – Brasil sem impostos da montadora está tomada pela Captiva. Outra alternativa seria montá-lo no Brasil, como o Cruze.

Versão sedã do Sonic.
         Para quem gosta de mais velocidade, a esperança é a importação do Sonic RS, versão do hatch com detalhes estéticos esportivos e propulsor Ecotec 1.4 turbo a gasolina de 138 cv e 20 kgfm de torque. Seria um concorrente para o Fiat Punto T-Jet e para New Fiesta ST, caso a Ford opte por trazê-lo dos EUA.


         Também criado no país asiático, o Cruze é montado em São Caetano do Sul/SP em regime de CKD, com componentes importados. O sedã substituiu bem o Vectra e segue forte nas vendas desde seu lançamento em 2011, atrás apenas de Honda Civic e Toyota Corolla. O hatch veio para ocupar o lugar do Vectra GT e vende praticamente o dobro do antigo modelo. Detalhes do modelo podem ser lidos clicando aqui.

Malibu vendido atualmente no Brasil.

        Acima na escala da GM está o Malibu que não apresentou grandes números em vendas no Brasil no ano passado, cerca de apenas 110 unidades por mês. Oferecido na tabela por R$100 mil e nas concessionárias por cerca de R$85 mil, o considerado sedã-médio-grande encontrou dificuldades em ocupar seu lugar, afinal os consumidores preferem o sedã médio Cruze completo, por R$80 mil, ou sedã grande Omega, que pode ser encontrado por cerca de R$105 mil nas concessionárias.
       A realidade pode mudar caso a montadora decida importar o novo modelo, já apresentada nos Estados Unidos - primeiramente na versão híbrida. O Malibu manteve seu bom conteúdo e melhorou onde mais pecava frente aos concorrentes: motor e design insossos. 

Malibu 2013, recém lançado nos EUA...
...traz elementos que remetem ao Camaro...
como o painel em duplo cockpit, mostradores envoltos por "copos" e...
...o formato das lanternas traseiras.
           Com inspiração nos irmãos Camaro e Corvette, o desenho ganhou mais esportividade com novas lanternas traseiras (as da geração anterior eram no mínimo estranhas), novos faróis (mais acentuados na parte superior) e carroceria mais volumosa. Os principais oponentes são Hyundai Sonata e versões mais baratas do Ford Fusion.
Para enfrentar Hyundai Azera, Kia Cadenza, Ford Dusion e VW Passat, o Omega continua com importação da Austrália e acompanhará as atualizações do Commodore, sua versão na Oceania. Uma alternativa mais interessante seria a importação do novo Impala, recém apresentado nos EUA.

Vendido pela Holden como Commodore...
...o carro chega ao Brasil como Chevrolet Omega.
Imponente, melhor definição para o novo Impala.      

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