quarta-feira, 18 de maio de 2011

Volkswagen Jetta 2011


Para começar o blog, vou falar do novo VW Jetta 2011 que chegou recentemente para brigar no segmento de sedãs médios, um dos mais disputados do mercado nacional, junto com Honda Civic (facelift em breve), Toyota Corolla (facelift recente), Chevrolet Vectra (saindo de linha para a chegada do Cruze sedã), Ford Focus, Fiat Linea, Nissan Sentra e os novos Renault Fluence e Peugeot 408. 

         
          O novo modelo vem para substituir de uma só vez os também mexicanos Bora (derivado do Golf IV) e Jetta V (derivado do Golf V europeu/americano) e é marcado justamente por agora se desvincular do consagrado hatch, do qual sempre foi a versão sedã. Essa independência o permitiu crescer 9 cm no comprimento (de 4,55 para 4,64 m) e 7 cm no entre-eixos (de 2,58 para 2,65 m), proporcionando mais conforto, principalmente para os ocupantes do banco traseiro.


          Para avaliá-lo é preciso diferenciar as versões, com suas motorizações e equipamentos. O Jetta Comfortline parte de R$65 mil com câmbio manual de 5 marchas e o veterano motor 2.0 flex (praticamente o mesmo que equipa o Golf desde 1994) que abastecido com etanol chega a 120 cv de potência e 18,4 mkgf de torque. O consumo fica próximo a 7 km/l em trechos urbanos e 10km/l em trechos rodoviários.


          Os principais equipamentos de série são ar-condicionado, trio elétrico (vidros, travas e retrovisores), ABS,  4 air bags (laterais dianteiros e frontais), rodas aro 16” e sensor de estacionamento com visualização no sistema de som Bluetooh/MP3/USB.


         Por R$70 mil a versão Comfortline recebe o câmbio automático de 6 marchas Tiptronic, que embora seja muito bom, perde muito desempenho por conta do fraco motor. Para as duas versões de câmbio, os principais opcionais disponíveis são: rodas aro 17”, sistema de som com touch screen (futuramente equipado com GPS), volante multifuncional, teto solar e bancos em couro.


         A versão top Highline a venda por R$89.000,00 vem com o premiadíssimo motor turbo 2.0 TSi com injeção direta de combustível (apenas gasolina) e comando de válvulas variável que gera até de 200 cv de potência e 28,5 mkgf, através do câmbio DSG (um Tiptronic automatizado de dupla embreagem). O consumo fica em torno de 9 km/l na cidade e 13 km/l na estrada.


         Os principais equipamentos de série da versão Highline são melhorias ou opcionais da versão de entrada como ar-condicionado dual zone, direção eletro-hidráulica, mais 2 air bags (do tipo cortina), rodas aro 17”, sistema de som com touch screen, volante multifuncional e bancos com revestimento em  couro. A versão possui ainda sensores de farol e chuva e controle de estabilidade (ESP), sendo que a Comfortline conta apenas com o controle de tração(ASR). O teto solar elétrico continua opcional, por R$3 mil.


         Por sua extensa lista de equipamentos, preço e desempenho, o novo Jetta 2.0 TSi Highline tenderá a concorrer com versões dos chamados sedãs médios-grandes como Ford Fusion, GM Malibu, Toyota Corolla Altis e até Hyundai Azera e Honda Accord.


         O Jetta na versão Comfortline, que deverá corresponder por 70% das vendas, tem muito a oferecer em equipamentos, espaço e conforto por um preço interessante, mas o desempenho de seu motor é muito fraco, uma vez que seus concorrentes tem motores próximos ou superiores a 140 cv de potência.


         Na versão Highline, o motor faz a diferença com seus incríveis números de potência e torque, mas apenas o motor pode são ser suficiente para fazer frente ao segmento superior que ele pretende “invadir”.


         A mellhor alternativa para a VW seria uma versão mais barata de entrada com o motor 2.0 aspirado (na faixa de R$60 mil), depois uma versão intermediária com o bom motor 2.5 de 170 cv (entre R$65 e R$75 mil) como ocorre nos EUA, mas as taxas de impostos brasileiras aumentam muito quando o motor ultrapassa os 2.0 litros, e finalmente uma versão esportiva com o “motorzão” 2.0 turbo TSi.


         A padronização do design da VW, embora transmita a nova identidade visual da montadora, torna muito parecido seus veículos de diferentes segmentos e faz, por exemplo, a frente do Jetta se parecer muito com o Fox, que custa metade ou até um terço do seu preço, dependendo da versão.


        Além de que se comparado a versão anterior, o design perdeu esportividade e ficou mais sóbrio até que a nova versão de seu “tiozão” Passat. Esses fatores podem comprometer as vendas e talvez o novo modelo não consiga cumprir sua missão de superar com números expressivos as vendas de sua dupla antecessora.











Nenhum comentário:

Postar um comentário